Anvisa suspende temporariamente autorização de uso emergencial do remédio Evusheld contra a Covid

A determinação vale até que sejam apresentados dados comprovantes da eficácia do remédio contra as variantes da Covid em prevalência no Brasil

Escrito por Redação ,
caixa do remédio evusheld em destaque
Legenda: Remédio é indicado como profilaxia e pré-exposição à doença
Foto: Jonathan NACKSTRAND / AFP

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu, nesta terça-feira (7), a autorização de uso emergencial do medicamento Evusheld (Tixagevimabe + Cilgavimabe), que atua contra a Covid-19. A determinação temporária vale até que sejam apresentados dados comprovantes da eficácia do remédio contra as "variantes de preocupação do Sars-CoV-2 em circulação no Brasil". 

O medicamento é indicado como profilaxia e usado na pré-exposição e tratamento de Covid em casos leves a moderados. Ele é usado em "pacientes que possuem alto risco de progressão e agravamento da doença". 

"A Anvisa vem acompanhando a eficácia dos medicamentos aprovados contra as novas variantes do Sars-CoV-2 e, de acordo com os dados apresentados pela empresa, o medicamento Evusheld demonstraram queda significativa na atividade contra as variantes de preocupação do novo coronavírus em circulação no país", informa o órgão. 

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Variantes 

Atualmente, a variante Ômicron e seus subtipos predominam no Brasil, com uma prevalência de 77% para a BQ.1 e 15% para a BA.5. Por isso, a Diretoria Colegiada da Anvisa definiu que é necessário novos dados. 

"A Anvisa ressalta que, caso existam lotes do medicamento em território brasileiro, a empresa detentora da autorização devem fazer a devida comunicação aos profissionais de saúde quanto à ineficácia do medicamentos contra as variantes em circulação do Sars-Cov-2, no sentido de somente fazerem uso do medicamento quando o paciente tiver sido infectado por alguma variante do Sars-CoV-2 suscetível a ele", pontua a Agência. 

 

 

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