Suspeito de assassinar Pedrinho Matador usava máscara do Coringa, diz testemunha

O serial killer foi morto a tiros no domingo (5) e depois foi degolado

Escrito por Redação ,
Pedrinho
Legenda: Suspeito de assassinar Pedrinho Matador usava máscara do Coringa
Foto: Reprodução

Um dos suspeitos de assassinar Pedro Rodrigues Filho, 68, conhecido como Pedrinho Matador, utilizava uma máscara do Coringa no momento do crime, segundo informações da Folha de São Paulo.

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A informação foi dada à Polícia Militar por uma das testemunhas e registrada no boletim de ocorrência. Conforme o documento, a pessoa mascarada também degolou a vítima. Em cena do filme "Coringa", lançado no Brasil em outubro de 2019, o personagem principal, interpretado por Joaquin Phoenix, degola uma pessoa.

Responsável por mais de cem assassinatos e considerado o maior serial killer brasileiro, Pedrinho Matador foi morto na manhã do domingo (5) em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo. Segundo a investigação, ele foi baleado por volta das 10h em frente à casa de uma irmã e depois degolado.

Um veículo preto que estaria envolvido no transporte dos suspeitos foi localizado. O caso está sendo investigado como homicídio qualificado.

QUEM ERA PEDRINHO MATADOR

Pedro Rodrigues Filho, de 68 anos, nasceu em uma fazenda em Santa Rita do Sapucaí, no sul de Minas Gerais, conforme informou em entrevista à Revista Época, em 2003. 

Ele veio de um núcleo familiar conturbado. A mãe era agredida pelo pai e em uma dessas agressões, ela já estava grávida de Pedro e o bebê sofreu uma lesão no crânio.

Nesse contexto complicado, ele nunca foi à escola e começou aos 14 anos a vida no crime. Foi aprender a ler já na prisão. 

Início da matança

Na mesma entrevista à Revista Época, ele relatou que a primeira vez que sentiu vontade de matar foi aos 13 anos. Aos 14 anos, cometeu o primeiro assassinato: matou o prefeito da cidade, após o pai ser demitido do cargo de vigia por suspeita de roubar merenda. 

Depois, fugiu para Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo. Lá, começou a vida no tráfico, determinante para a série de assassinatos que ainda viria a cometer. 

Ainda segundo a revista, Pedrinho matou três comparsas quando entrou no tráfico. Depois, com a companhia de amigos, matou sete e deixou 13 feridos em uma festa para se vingar da morte de uma namorada e tentar descobrir o autor do crime. 

Aos 18 anos, a lista de crimes já era extensa e ele acabou sendo preso. Na prisão, matou 47 homens, incluindo o próprio pai, que estava preso no mesmo local. O pai de Pedro havia matado a mãe por ciúmes. 

Em entrevista, ele disse utilizar uma faca na maioria das vezes, mas também matava quebrando o pescoço das vítimas. 

O maior assassino em série do Brasil, Pedrinho Matador, fez da ficha criminal com 70 homicídios um negócio. Número, inclusive, que ele contesta por afirmar ter matado mesmo mais de 100 pessoas

Em 2018, teve a liberdade concedida após 42 anos na prisão. Com 68 anos, passou mais tempo da vida no sistema prisional. Do lado de fora dos muros de concreto da Penitenciária de São Paulo, se tornou palestrante, lançou um livro e tem um documentário. 

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