Deputada do PSDB é cortejada e pode ser fiel da balança na oposição ao governo

Emília Pessoa mantém posição de independência na Assembleia Legislativa do Estado

Legenda: Emília Pessoa está no primeiro mandato de deputada estadual
Foto: Júnior Pio/Alece

Contando com 11 membros desde o começo do ano legislativo, a oposição ao governo Elmano de Freitas (PT) considera que pode ganhar mais relevância no debate da Casa se conseguir novas adesões tendo como base o ano eleitoral de 2024.  

Há outros nomes na agenda dos oposicionistas, mas o principal, no momento, é o da deputada estadual Emília Pessoa (PSDB).  

A parlamentar, com base eleitoral em Caucaia, o segundo maior colégio eleitoral do Estado, tem adotado, desde o início da atual legislatura, uma postura de independência frente ao Governo, mas pode neste ano aderir a pautas importantes dos opositores.  

Em tese, o PSDB, partido ao qual está filiada, faz oposição ao governador, mas ela mantém o que considera ser um “crédito” para que a nova gestão estadual possa desenvolver políticas públicas com as quais se comprometeu durante a campanha eleitoral.  

“Eu adotei uma postura de dar ao governo Elmano um crédito para que possa mostrar seu trabalho. Tenho ficado muito à vontade para me posicionar da forma que acho justa”, diz a parlamentar quando questionada sobre a posição na Assembleia.  

A animação da oposição com ela, entretanto, tem razão de ser. Emília está colocando seu nome como pré-candidata à Prefeitura de Caucaia, na oposição ao atual prefeito Vitor Valim (PSB), de quem já foi aliada.  

Lá no município, ao que tudo indica, o governo Elmano irá apoiar um candidato alinhado ao prefeito. Emília, assim, ficaria mais livre para fazer oposição na Casa.  

Sobre a posição partidária, ela deixa claro que não recebeu nenhuma orientação do comando tucano sobre a posição em relação ao governo.  

“Nosso líder é o senador Tasso e ele nunca me deu nenhuma orientação sobre isso. Ele respeita nossos posicionamentos”, complementa.  

A situação ganhou mais evidência porque, com a possível adesão dela em pautas importantes, a oposição passaria a ter 12 nomes, um quantitativo que permite ter candidato próprio à presidente da Assembleia e, até mesmo, validar um pedido de CPI.