Em busca de se afastar do PT e do bolsonarismo, PDT e União Brasil se aproximam em Fortaleza

José Sarto e Capitão Wagner, que fizeram o segundo turno em 2020, estão mais próximos para as próximas disputas

Legenda: Os dois líderes fizeram um embate duro no segundo turno em 2020, mas as circunstâncias políticas mudaram
Foto: Montagem

Prováveis rivais nas urnas em outubro próximo, na disputa pela Prefeitura de Fortaleza, PDT e União Brasil têm, pelas circunstâncias politicas, algo que pode os unir em um provável cenário de segundo turno e até em eleições futuras como as de 2026.

As duas legendas serão lideradas no pleito por José Sarto e Capitão Wagner, os dois nomes que disputaram o segundo turno em Fortaleza na eleição de 2020, da qual o pedetista saiu vencedor. O clima de acirramento entre os dois grupos foi notável há quatro anos, mas as circunstâncias políticas mudaram para ambos os lados.

Agora, o pré-candidato do União Brasil, que na época estava filiado ao Pros, tenta ocupar um lugar que considera ser mais condizente com sua atuação política: a centro-direita. Essa estratégia deixa Wagner, pelo menos em tese, mais distante do bolsonarismo. É bom lembrar que, em 2020, esse foi um dos dilemas da campanha dele.

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Em busca de um lugar mais confortável rumo ao centro, Wagner e o partido que comanda tendem a ficar mais próximos de outras legendas que seguem o mesmo caminho.

Este pode ser exatamente o ponto de convergência com o PDT de José Sarto. O partido, nacionalmente, segue aliado do governo Lula, ocupando um ministério, mas está politicamente rompido como petismo em âmbito estadual. As principais críticas ao governo Elmano de Freitas, inclusive, têm partido de lideranças pedetistas como Roberto Cláudio e Ciro Gomes.

Pois bem, a eleição de 2022 tratou de criar uma barreira entre o PDT e o PT, então fortes aliados no Estado. Neste momento, o caminho mais lógico para o partido é também caminhar ao Centro: para a centro-esquerda.

Com este cenário em mente, lideranças dos dois partidos - PDT e União Brasil - não só passaram a considerar um possível apoio em uma hipótese de segundo turno como também passaram a conversar com mais frequência sobre a conjuntura.

Para ambos, o adversário óbvio é o nome lançado pelo PT do presidente Lula, do ministro Camilo Santana e do governador Elmano. Essa compreensão, inclusive, pode reverberar em outros importantes municípios do Estado. A conferir.