M. Dias Branco lucra R$ 155 milhões no 1º trimestre de 2024

Balanço financeiro da empresa cearense foi divulgado na noite de hoje e trouxe, como outra boa notícia, a de que seu Ebitda no 1T24 foi de R$ 277,3 milhões.

Legenda: Vista aérea do complexo industrial de M. Dias Branco em Eusébio, no Ceará -- moinho de trigo, silos e fábricas de massas, biscoitos e torradas
Foto: Divulgação

Foi divulgado na noite desta sexta-feira o balanço; financeiro do primeiro trimestre deste ano de 2024 da cearense M. Dias Branco, empresa líder do mercado brasileiro de massas e biscoitos.

O Lucro Líquido da companhia alcançou R$ 155 milhões no período, um crescimento de 122% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado de 2023.

“Sazonalmente, o primeiro trimestre não costuma ser muito positivo para as empresas do segmento. Mas neste primeiro trimestre tivemos uma geração excepcional de caixa líquido, que chegou a R$ 138 milhões”, como disse à coluna Gustavo Theodozio, vice-presidente de Controladoria e Investimentos de M. Dias Branco.

De acordo com Theodo;zio, um dos destaques do 1T24 foi o Ebitda, que alcançou R$ 277,3 milhões, ou seja, 59,6% acima do registrado no mesmo período do ano anterior.

“É recorde para um primeiro trimestre e uma demonstração de que a empresa segue um caminho consistente de geração de caixa operacional”, ressaltou o executivo.

Um dos principais desafios de M. Dias Branco no trimestre foi realizar a migração do novo sistema de gestão empresarial adquirido da SAP dentro do programa batizado como Simplifique. O objetivo é dar mais agilidade e confiabilidade às operações, A migração foi cuidadosamente planejada fábrica a fábrica e ocorreu ao longo do mês de janeiro. 

“Realizamos uma interrupção programada das nossas atividades fabris, comerciais e de distribuição nos primeiros dias do mês. A partir de fevereiro, essas mesmas atividades retornaram gradualmente à normalidade, recompondo os estoques, aumentando sequencialmente os volumes vendidos e as margens”, disse Gustavo Theodozio.

A companhia estima que, no mês de janeiro, tenha reduzido as vendas em cerca 31 mil toneladas, o equivalente a R$ 60 milhões de margem de contribuição no período.

“Foi uma parada necessária que já está rendendo frutos ao negócio”, assinala Theodozio.

A companhia encerrou o 1T24 com R$ 2,1 bilhões de receita líquida, 13,9% a menos do que no 1T23. A redução é fruto da interrupção programada em janeiro para transição de sistemas e da redução do preço médio nas categorias que acompanham os preços das commodities, como Farinha e Farelo de Trigo e Margarinas e Gorduras 

A migração de sistema não gerou interrupção de fornecimento aos consumidores finais.  Por isso, a despeito da redução de volumes vendidos, o market share das categorias de Biscoitos, Massas e Farinha de Trigo aumentou na comparação com o 4T23.  A empresa é dona de marcas líderes nesses segmentos, como Piraquê, Vitarella, Adria, Isabela, Fortaleza e Finna.

Em biscoito, o market share em volume aumentou de 31,6% para 32,6% entre o 4T23 e o 1T24, e em valor passou de 28,5% para 29,2% na comparação do mesmo período.

“O destaque foi nas regiões Nordeste e Norte, que chamamos de região de defesa, nas subcategorias cream cracker, maria, maizena e wafer”, explicou Fabio Cefaly, diretor de Relações com Investidores e Novos Negócios da M. Dias Branco.  

Já em massas, o crescimento de market share volume foi de 28,2% para 28,6% no 4T24 e ocorreu, principalmente, pelo aumento da subcategoria massa comum na região de “defesa”. Já em farinhas, destaca-se o aumento na subcategoria farinha doméstica, na qual a empresa atua com as marcas Finna, Adria e Isabela.

Quanto ao preço médio, houve aumento da participação de Farinha e Farelo de Trigo no trimestre.

“Essa categoria foi menos impactada pela interrupção das operações, pois tem uma parcela relevante de vendas B2B”, explica Fábio Cefaly.

Por fim, a companhia informa que sua planta industrial (fábrica de massas e biscoitos e moinho de trigo) em Bento Gonçalves sofreu paralisação parcial entre os dias 2 e 6 de maio, em função das enchentes no Sul do país. Embora a planta não tenha sido afetada, a empresa manteve seu foco na proteção dos colaboradores, uma vez que o acesso à fábrica era difícil.

Solidária com a população do Rio Grande do Sul, M. Dias Branco anunciou, até este momento, a doação de 47 toneladas de massas e biscoitos da marca Isabela, que já começaram a ser entregues por meio de instituições parceiras, como Mesa Brasil (banco de alimentos do Sesc) e Centra Única das Favelas (Cufa).

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